sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mohamed

Nos jogaram a fome, nos tiraram o pão,
Sou um louco sem voz, Sou um louco sem razão.
Derrubaram bandeiras, oprimindo irmãos.
Engordaram Reis, para o bem da nação.

" Teu sangue negro inigualável me seduz,
  teu calor, teu cheiro
quero agora lhe possuir.
  Vos trazemos a verdade, liberdade e a cruz
  vos ofereço um gole, um trago a civilização.
  Seus Deuses não passam de Bestas imundas
Louvem agora toda a Glória do meu dinheiro sujo"


Vi meu rosto nos telejornais
Diziam que a nossa cabeça lhes trariam a paz.
A Rainha sorria e gargalhava diante do caos,
beijando as bombas pra banir todo o mal.
Nosso velho Tio nos declarou mortais inimigos,
Enquanto o Príncipe com um ar de donzela fugia do perigo.

" Lhes trago a bandeira em listras brancas e vermelhas,
Em Deus Confiamos."

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Ao vento

Mesmo quando o peso do mundo caia sobre meu peito,
me sufocava, eu suspirava mais forte.
Quebrei a cara, mas também quebrei inúmeras barreiras e muralhas.

Não me permito a ilusões, pois sei que a mentira também sabe sorrir,
até mesmo tenta consolar.

Mesmo quando o peso do mundo caia sobre meus ombros,
me segurava, e/ou me puxava para trás, eu puxava mais forte.
Sangrei, mas também exorcizei meus males.

Não me permito ao luxo da dúvida, pois sei que facas sem corte também machucam,
até mesmo se pode amolar.

sábado, 23 de junho de 2012

Optima citissime pereunt.



Um dia você acorda, com uma vontade de viver.
mesmo sabendo que já é um pouco tarde.
Suas mãos tremem diante a dimensão da duvida.
E o as vozes se calam.

Você vive em um grande palco de teatro.
Você e seus dramas.
mas as cortinas se fecham,
E só você sabe o que se passa em seu coração.
E as vozes se calam.

Você olha pela janela,
e observa as almas penando em círculos.
Você sabe que aquilo não é pra você,
E Todos querem um pouco mais,
E se contentam com pouco.
E as vozes se calam.

A chuva que cai, é fria e impiedosa.
Suas mãos congelam ainda mais, a cada instante,
os céus querem te alcançar e te levar.
E sua dor está embalsamada
Todos se calam.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

28 de Maio

Sinto falta da tua inocência;
com aquela pincelada de carência.
Nas paredes de minha morada;
ainda ecoa sua voz.
Me diga em um tom suave,
que tudo passou de um sonho ruim.
Me diga mais uma vez,
que faz parte da beleza existente em mim.

Preciso acordar naquela manhã,
fazer dos teus passos os meus.
Preciso acordar naquela conturbada manhã,
e te fazer sentir segura ao menos uma vez.
Hoje a saudade levo no bolso, feito um bilhete
para as vezes ler e me lembrar.
Sei que podes ouvir as vezes minhas voz fraquejar.
Sei que você deve estar por entre essas linhas.

Tentei me aquecer na solidão,
mas o frio escondido em cada esquina sempre me alcançou.
Temi me perder na solidão,

 Agora permito que cautelosamente parta,
Vá e ensine aos céus o que me ensinou.
Não mais lhe trago flores,
pois agora você é todo meu jardim.
Está em cada gota do orvalho,
Está em cada sopro suave da garoa.

As vezes a saudade é tudo que posso sentir.