terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ich bin nur ein Stern.



Há muito as estrelas não me contam os segredos do luar. 
Há muito sou um estranho em minha própria morada.



Me afogando no trivial das tardes quentes e 
das noites frias de meu pequeno universo.
E sim! eu estou bem, apenas me calo pra não gaguejar. 



Veja o sol, ele está partindo, 
Acho que amanhã vai chover 

Assim eu posso ser: os pingos d'agua que respingarem em ti.

A carta

Andei pensando...
O passado deixou marcas, O futuro me deixa dúvidas.
Andei confuso...
O passado já passou, mas nunca foi embora.
Palavras são vagas de sentidos,
Palavras não lhe mostram tudo que eu posso sentir.
E dessa vez eu peço que me ouça
E peço que me perdoe.

Desculpe por todas as vezes que eu me ausentei
e por todas as vezes que eu errei.
Desculpe por todas as vezes quem eu fingi estar bem
e por todas as vezes que não queria ver ninguém.
Desculpe por todas as vezes que eu menti
e por todas as vezes que eu me omiti.
Desculpe por todas as vezes que eu fui egoísta,
e por todas as vezes que deixei de ser optimista.
Desculpe por todas as vezes que eu olhei para trás
e por todas as vezes que eu me esqueci do bem que você me faz.
Desculpe por todas as vezes que eu pensei em desistir
e por todas as vezes que eu tentei sumir.

Eu nunca deixei de amar,
Nunca deixei de sonhar.
Nunca deixei de tentar,
E Me desculpe por ter feito você chorar.
A cada nova Alvorada Um Novo Adeus,
Me desculpe mas dessa vez quem está partindo sou eu.

Me leve contigo para onde for
leve contigo meu amor,
Me leve para além das nuvens,
Me leve para além das estrelas,
Me para além do sol e da lua.
Coragem pode se tornar covardia,
A noite se torna um novo dia.
A cada nova Alvorada Um Novo Adeus,
Me desculpe mas dessa vez quem está partindo sou eu
.



FORÇA SEMPRE!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O suicídio de Vladimir Gorbachev

I- A escolha

É apenas o mesmo gosto amargo, a descoloração de sempre.
É apenas a mesma ausência se filtrando em indiferença, o desânimo de sempre.
É o mesmo descaso, é sempre esse cheiro de iodo, já tão familiar.
Dê-me minha cura!

São os mesmos demônios em pele de anjos, em pele de Deuses;.
São as mesmas falhas, os mesmos canalhas, a mesma falta de coragem.
Dê-me a minha navalha!

É apenas o mesmo gosto do desgosto, a falta de verdade de sempre.
A mesma peça, a mesma encenação, a mesma novela, sempre tudo feito da mais pura ilusão.
Apenas a pena de não ter dito o que eu a sete chaves guardava.
Dê-me minha corda!

II- O desabafo/ desencanto.




Nas mãos a espada e o coração;.
como posso escolher o que nunca foi me concebido?
De insensato bastava minhas próprias intenções e decisões.
A foice ceifou!
Na mais bela e distante colina me refugiei, Congelei.
O que era certeza se perdeu em meio a entulhos jogados e esquecidos nos verdes campos.
Dê-me esperança!

Só a lembrança agonizando em meu coração, não a deixo partir.
Meu nome se perde em meio de tantos outros sem valores, mas o seu renasce a cada nascer do sol.
O coração jovem e apaixonado se calou por um minuto, e se perdeu pela eternidade.
O que de fato gritava fingia não ouvir por medo do medo de tentar não ter medo.
No mais triste e lindo vale me encontrei a te pedir perdão.
Dê-me um sorriso!

Mãos sobre o rosto, lágrimas sob o solo.
O sol já se negará a espantar o frio que me assombrava.
A suas palavras soavam como navalhas, me cortava, e meu coração sangrava.
Seus olhos mentiam tanto quanto as palavras que você teimava em regurgitar.
Fome de amor, sede de eternidade.
Dê-me Flores!

III-  O Ato/ O Fato

De longe ouvi-se a voz se calar.
A triste melodia soava pelas quatro paredes frias e sem tinta.
No quintal o que sobrou de um sonho mal compreendido,
um sonho que se tornou um pesadelo insano.
A divisão de matéria: Corpo e alma se despediram em um turbulento e desafinado concerto.
Uma regência mal compreendida.
Um sopro,
Um suspiro.
Um rosto, um choro
Um corpo,
Uma interrogação.
Alheio ao que se referia ser vida e plenitude.
Apenas embriagado pela solidão que destilava a minha alegria.
A decadência e negligência.
Em um ato tirei o que de fato nunca me pertenceu.
Adeus inverno,
Adeus Pátria.
Dê-me seu mais sincero perdão!

IV- Pulverem Reduces



Fim.